Que a Imaculada Conceição te abençoe pela visita, hoje é

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CEM ANOS DE PRESENÇA CAPUCHINA NO ANIL

CEM ANOS DE PRESENÇA CAPUCHINHA NO ANIL

Elevemos o nosso cântico jubilar de ação de graças, pois o Centenário da Presença Missionária Capuchinha na benemérita Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Anil certamente foi escrito com zelo apostólico, espírito de abnegação, solicitude pastoral e a coragem missionária dos Frades, Irmãos e do Povo de Deus para galgar o cume da evangelização, isto é, a implantação da Igreja.
No final do séc. XIX, em 30 de junho de 1893 foi inaugurada a Antiga Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil, a partir daí houve uma mudança no modo de vida do bairro do Anil, desenvolvendo-se grandemente passando a ter uma boa estrutura social. Como boa parte das fábricas da época, a Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil, não resistiu aos entraves e faliu em 1961. Portanto, quando os Frades e os Irmãos chegaram ao Anil, a Companhia de Fiação e Tecidos já existia há duas décadas, esbanjando desenvolvimento e com isso, abrindo caminhos com novos desafios para a Igreja da época.
Em 1906, Frei Estêvão de Sesto São João e Frei Josué de Monza pregaram Santas Missões populares no Anil, encontrando-o adormecido, sentiram-no “gelado para as coisas de Deus”. Isso se devia ao deplorável abandono em que o Anil foi deixado por muitos anos. Daí em diante os frades dispensaram especial importância para assistência pastoral. Portanto Frei Estêvão e Frei Josué foram os “operários da primeira hora” aqueles que lavraram a vinha mística do Anil, preparando-as para os operários que deviam plantá-la.
Frei João Pedro do Sesto, cheio de zelo e solicitude pela salvação das almas idealizou um jeito prático para conquistar o povo do Anil, nos inícios do séc. XX. Pensou abrir uma casa para as Irmãs Missionárias Capuchinhas. O fundador deu a esta casa o nome de “Santa Cruz”, pois subindo do porto na direção da colina sobre o qual está construído o Convento das Irmãs, avistou uma cruz erguida de modo imponente e altaneiro, sinalizando que ali já tremulava desfraldado o glorioso estandarte de Cristo.
Obtida a necessária autorização do Núncio Apostólico e o aval de Dom Francisco de Paula e Silva, Bispo Diocesano, dado mediante o decreto de 24 de abril de 1912, as coisas começaram a encaminhar-se para a meta. Em 06 de março de 1913 aportaram em São Luís, as Fundadoras do Convento das Irmãs Missionárias Capuchinhas no Anil: Irmã Inês Maria de Santa Quitéria, Irmã Rita Maria de Canindé, Irmã Coleta Maria de Quixadá e mais cinco noviças acompanhadas por Frei Daniel Rossini de Samarate.
Frei Daniel de Samarate instalou-se no Anil em 31 de março de 1913, permanecendo pouco mais de um ano, como pastor da grei anilense e pai espiritual das Irmãs Missionárias Capuchinhas. No dia 02 de abril de 1913, entre a exultação popular e grande manifestação das famílias do Anil, as irmãs tomaram posse do Convento e do Educandário Santa Cruz apontando para uma nova etapa na conquista de almas e de corações naquela grei abandonada.
O Bispo Diocesano Dom Francisco de Paula e Silva celebrou a Santa Missa na Igrejinha construída em 1906 por Frei Estêvão e Frei Josué no dia 11 de maio de 1913. Na ocasião o Bispo benzeu a Igrejinha, louvou e apoiou todos os esforços feitos por aquela obra recentemente iniciada. Depois de Frei Daniel de Saramate, Frei Germano permaneceu no Anil durante um triênio (1913 / 1915), dando o melhor de suas energias na assistência pastoral do povo de Deus.
Dessa data até 1919, o cuidado pastoral do Anil esteve orientado a partir do Convento do Carmo, isto é, os frades se revezavam no atendimento pastoral. Na metade de outubro de 1918, houve Santas Missões Populares coordenadas por Frei Marcelino de Milão, preparando o povo para a criação da nova paróquia e, ao mesmo tempo, fazer frente ao avanço do protestantismo e do espiritismo naquele rincão insular. Esta foi qualificada como “a grande missão do Anil”, os jornais veicularam a notícia de que o êxito foi completo.
Como resposta às Santas Missões Populares, aos 13 de novembro de 1918, foi criada a conferência de São Vicente de Paulo para socorrer as famílias pobres e necessitadas. A cerimônia foi presidida por Frei Marcelino de Milão, estando presentes, Frei Estevão e o Lazarista Pedro Sarnell.
Aos 11 de janeiro de 1919, Monsenhor João Chaves apresentou Frei Marcelino de Milão ao povo como Pároco; leu o decreto de nomeação do mesmo e recebeu o seu juramento. Frei Marcelino dirigiu aos fiéis a sua saudação e apresentou o seu projeto pastoral. No dia 26 de janeiro de 1919, no Educandário Santa Cruz, foi instalada a Pia Associação das Mães Cristãs; a finalidade da mesma era infundir no seio das famílias católicas valores verdadeiramente cristãos. O Apostolado da Oração também recebeu especial atenção dos 29 zeladores que existiam, em poucos meses aumentaram para 620. A Escola Catequética também recebeu um novo sopro de vida: 495 crianças. Esta obra era a que mais fazia pulsar o coração do Pároco. Para atrair a rapaziada organizou um campo de futebol. As visitas às famílias foram outros meios da solicitude pastoral de Frei Marcelino.
Um ano mais tarde, 09 de fevereiro de 1920, o Povo do Anil recebeu festivamente Dom Helvécio Gomes de Oliveira que veio para administrar a Crisma. As numerosas comunhões chamaram a atenção do Pastor. Porém, grande foi a sua alegria ao constatar a frequência das crianças ao Catecismo. Tudo isso lhe fez declarar que, “estava com a alma repleta de felicidade por constatar tanta piedade e ação católica na Paróquia do Anil”.
No dia 21 de abril do mesmo ano, também o Governador do Estado, Urbano Santos da Costa Araújo, foi ao Anil para visitar o Educandário Santa Cruz e as Instituições paroquiais. Partindo, deixou escrito: “Tenho a grata satisfação de afirmar que o Anil, não é só um centro florescente de catolicismo, mas também, um dos bairros onde a educação e a instrução se distinguem e refulgem quais luzes brilhantes. Não sirva de louvor ao Pároco e às bondosas Irmãs, que são os expoentes de tudo isso”.
Se Frei Marcelino pode obter tanto sucesso na Paróquia do Anil, reformando costumes e melhorando consciências, depois de Deus, o mérito é também do zeloso missionário e exímio pregador, Frei Teobaldo de Monticelli, que em tudo coadjuvou Frei Marcelino, não poupando fadigas e sacrifícios.
Em 1947 Frei Hermenegildo Maria assume como Pároco em substituição a Frei Renato de Gana, aos poucos foi conquistando os corações dos fiéis e, em pouco tempo, era conhecidíssimo não só no Anil, mas, em toda a cidade de São Luís. Sua marca registrada, o velho Jeep que usava no atendimento paroquial e o cachorro, seu amigo inseparável, que sempre o acompanhava, correndo atrás do Jeep. Mas, nem bem o novo Pároco assumiu a Paróquia, aos 06 de agosto de 1947, desmorona uma parte da antiga Igreja e a outra fica comprometida. Certamente aos atentos ouvidos de Frei Hermenegildo Maria deve ter ressoado a consigna franciscana, “vai e reconstrói a minha Igreja”.
Aos 14 de setembro de 1949, motivado pelo entusiasmo pastoral do Povo, iniciou a construção da nova Igreja que, hoje, sobressai altaneira e bela, na colina Santa Cruz do Anil. Homem de saúde frágil que volta e meia estava internado nos hospitais, não se acomoda. Embalado pelo fervor dos fiéis, em agosto de 1950 inicia a construção da Torre da Igreja e, em novembro do mesmo ano, a construção do Salão Paroquial. Ainda teve tempo e disposição para inaugurar o Posto Médico e a Escola Paroquial. Foi Pároco do Anil por 16 anos.
Em 1962 Frei Hermenegildo Maria se retira do Anil por uma breve temporada, e toma posse o novo Pároco, Frei Simeão de Levate. Aos 18 de fevereiro de 1968 voltou ao Anil como Cooperador e terminou como Pároco, pela segunda vez para alegria do povo anilense. Frei João Franco Frambi é o seu Cooperador. Em setembro de 1968 começam as Missas todos os domingos nas “Casas Populares” (COHAB). No início se celebrava nas ruas, depois no Grupo Escolar. Em janeiro de 1969 o Pároco iniciou a batalha pelo terreno para a construção da futura Igreja da COHAB. Em 1970 termina o seu segundo Paroquiato no Anil, somando 19 anos de ação missionária na Paróquia. Como reconhecimento por tudo o que fez no Anil, a Prefeitura lhe dedicou uma rua, no Bairro da Aurora / Anil (Frei Macapuna).



AUDIÊNCIA GERAL COM O PAPA


Comunhão dos santos: tema da Audiência geral, na praça de São Pedro. Pedidas orações para que cesse a violência no Iraque


Em vésperas da festa litúrgica de Todos os Santos e da comemoração dos fiéis defuntos, o Papa Francisco dedicou a catequese da audiência geral desta quarta-feira a comentar o artigo do Credo em que professamos a nossa fé na "Comunhão dos Santos".
Presentes nesta audiência dezenas de milhares de pessoas. De entre os peregrinos lusófonos, de destacar hoje, para além de portugueses e brasileiros, um grupo proveniente de Timor Leste.
Em lugar de destaque, uma delegação de iraquianos representantes de diversos grupos religiosos, que participaram em Roma, ontem e hoje, num encontro promovido pelo Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.
Eis a síntese, em português, da catequese desenvolvida mais extensamente em italiano:
Queridos irmãos e irmãs,
A comunhão dos santos, esta belíssima realidade da nossa fé, pode se entender em dois sentidos: comunhão nas coisas santas e comunhão entre as pessoas santas, ou seja, todos aqueles que pertencem a Cristo. Este segundo sentido nos lembra que a comunhão dos santos tem como modelo a relação de amor que existe entre Cristo e o Pai no Espírito Santo: é o amor de Deus que nos une e purifica dos nossos egoísmos, dos nossos juízos e das nossas divisões internas e externas. Ao mesmo tempo, também experimentamos que a comunhão com os irmãos nos leva à comunhão com Deus. De fato, nos momentos de incerteza e mesmo de dúvida, precisamos do apoio da fé dos demais. Finalmente, é importante lembrar que a comunhão dos santos não acaba com a morte: todos os batizados aqui na terra, as almas do Purgatório e os santos que estão no Paraíso formam uma grande família, que se mantem unida através da intercessão de uns pelos outros.
Não faltou também uma saudação aos peregrinos lusófonos que participaram nesta audiência:
Queridos peregrinos de Portugal, de Timor Leste e do Brasil: sede bem-vindos! Daqui alguns dias, celebraremos a solenidade de Todos-os-Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos. Possa a fé na comunhão dos santos vos animar a encomendar a Deus, sobretudo na Eucaristia, os vossos familiares, amigos e conhecidos falecidos, sentindo a proximidade deles na grande companhia espiritual da Igreja. Que Deus vos abençoe!

No final da audiência, o Santo Padre referiu-se expressamente à delegação iraquiana de representantes dos diferentes grupos religiosos do país, observando:
Convido-vos a rezar pela querida nação iraquiana, infelizmente atingida quotidianamente por trágicos episódios de violência, para que encontre o caminho da reconciliação, da paz, da unidade e da estabilidade.
Já no final da saudação “aos peregrinos de língua árabe, em especial aos provenientes do Iraque, o Santo Padre exortara:
Quando experimentardes inseguranças, desânimo e mesmo dúvidas no caminho da fé, procurai confiar na ajuda de deus, mediante a oração filial, encontrando ao mesmo tempo a coragem e a humildade de vos abrirdes aos outros. Como é belo apoiarmo-nos uns aos outros no caminho da fé! Que o Senhor vos abençoe.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

MISSA COM O PAPA FRANCISCO


Jesus continua a rezar por nós mostrando ao Pai as suas chagas – o Papa na missa desta segunda-feiramir




Jesus continua a rezar e a interceder por nós, mostrando ao Pai o preço da nossa salvação que são as suas chagas. O Papa Francisco na sua homilia na Casa de Santa Marta na manhã desta segunda-feira colocou no centro da sua reflexão a passagem do Evangelho em que Jesus reza toda a noite antes de escolher os doze apóstolos. Segundo o Santo Padre são as três relações de Jesus: Jesus com o Pai; Jesus com os Apóstolos e Jesus com a gente. Jesus rezava ao Pai pelos Apóstolos e pela gente:
“É o intercessor, aquele que reza, e reza a Deus connosco e perante nós. Jesus salvou-nos, fez esta grande oração, o seu sacrifício, a sua vida, para salvar-nos, para justificar-nos: somos justos graças a Ele. Agora foi-se e reza. Mas Jesus é um espírito? Jesus não é um espírito! Jesus é uma pessoa, é um homem, com carne como a nossa, mas na glória. Jesus tem as chagas nas suas mãos, nos seus pés, no seu lado e quando reza mostra ao Pai este preço da justificação e reza por nós como se dissesse: Mas Pai que não se perca isto!”
“Num primeiro tempo, Ele fez a redenção, justificou-nos a todos: mas agora o que é que faz? Intercede, reza por nós. Eu penso naquilo que terá sentido Pedro quando renegou Jesus e depois ao olhar para Ele chorou. Sentiu que aquilo que Jesus tinha dito era verdade: tinha rezado por ele e por isso podia chorar, podia arrepender-se. Tantas vezes, entre nós dizemos: Reza por mim! Preciso disso, tenho tantos problemas, tantas coisas, reza por mim. E isto é bom, porque nós irmãos devemos rezar uns pelos outros.”

A Jesus devemos confiar os nossos problemas e a nossa vida - disse o Papa Francisco – que afirmou que o Senhor reza ao Pai mostrando as suas chagas que são o preço da nossa justiça:“Ele reza por mim; Ele reza por todos nós e reza corajosamente porque mostra ao Pai o preço da nossa justiça: as suas chagas. Pensemos muito nisto e agradeçamos ao Senhor. Rezemos por termos um irmão que reza connosco, por nós e intercede por nós. E falemos com Jesus dizendo: Senhor tu és o intercessor, Tu salvaste-me e justificaste-me. Mas agora reza por mim. É confiar os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas a Ele, para que Ele os leve ao Pai.” (RS)

sábado, 19 de outubro de 2013

PAPA FRANCISCO


HOMILIA SOBRE A ORAÇÃO - ESCUTE

https://soundcloud.com/padrepauloricardo/a-oracao-infalivel

HOMILIA XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Comum 1029: De Braços erguidos

A Liturgia de hoje nos convida a manter com Deus
uma ORAÇÃO PERSEVERANTE.
Só assim será possível aceitar os projetos de Deus,
compreender os seus silêncios,
respeitar os seus ritmos e acreditar no seu amor.

Na 1a Leitura, MOISÉS não desiste de rezar. (Ex 17,9-13a)

O Povo de Deus está a caminho da Terra Prometida...
- Josué organiza seus homens para lutar contra os inimigos com as armas.
- Moisés, no alto da colina, de "mãos erguidas", faz uso da arma da Oração.
  Duas pessoas sustentam os braços cansados de Moisés.
  A vitória foi alcançada muito mais pelo auxílio de Deus,
  do que pelo valor dos combatentes.

* Nas duras batalhas da vida, devemos contar com a ajuda e a força de Deus.
   Devemos manter, como Moisés,  as "Mãos sempre erguidas" em oração,
   sem nos deixar vencer pelo cansaço.

Na 2a Leitura, PAULO indica uma fonte preciosa que alimenta a Oração:
A Sagrada Escritura:
 "Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar,
   para corrigir, para educar na justiça... Por ela, o homem de Deus
   se torna perfeito, preparado para toda a boa obra". (2Tm 3,14-4,2)

* A Bíblia é o fundamento da fé e o vigor das comunidades.
A Instrução bíblica constitui o equipamento vital do homem de Deus,
aos ministros da Palavra, uma preparação conveniente,
para que ela se torne atraente e chegue ao coração dos ouvintes.
O Documento de Aparecida afirma:
"Uma maneira privilegiada de ler a Bíblia
é a LEITURA ORANTE DA BÍBLIA...
Bem praticada, conduz ao encontro com Jesus-Mestre,
ao conhecimento do mistério de Jesus-Messias,
à comunhão com Jesus-Filho de Deus e
ao testemunho de Jesus-Senhor do universo". (DA 249)

No Evangelho, a VIÚVA não desiste de implorar. (Lc 18,1-8)

"Para mostrar a necessidade de REZAR SEMPRE, e nunca desistir":
Jesus contou aos discípulos uma PARÁBOLA:
- Uma viúva injustiçada pede justiça... mas o juiz não lhe dá ouvidos...
   Ela tanto insiste, que o juiz acaba atendendo.
   A insistência da viúva vence a indiferença do juiz iníquo.
- Se até um homem mau cede diante de um pedido incessante,
  quanto mais Deus, que é justo e santo, nos atenderá e salvará...
  A Oração deve ser um Diálogo insistente e contínuo...

* Deus está sempre atento aos nossos pedidos,
   mesmo quando "parece" insensível aos nossos apelos,
   aos nossos clamores por justiça. Geralmente temos pressa...
   Ele sabe a hora e o momento para cada coisa.
   A nós resta moderar a impaciência e confiar totalmente nele.

+ "REZAR SEMPRE"...

- Significa nunca interromper o DIÁLOGO com Deus,
   mesmo no aparente silêncio de Deus.
   "É a presença silenciosa de Deus na base
   do nosso pensamento, da nossa reflexão e do nosso ser,
   que impregna toda a nossa consciência". (Bento XVI)

- Nesse diálogo, Deus transforma os nossos corações e
  aprendemos a nos entregar nas mãos de Deus e confiar nele.
  Se interrompermos esse contado, se deixarmos "cair os braços",
  logo fracassaremos.

+ A Oração não é uma fórmula mágica
   para levar Deus a fazer nossa vontade ou até nossos caprichos.
   Não é um simples ato de piedade, ou expressão do sentimento;
   mas antes um ato de fé e de amor,
   que nos abre ao DIÁLOGO COM DEUS.

+ Rezar é CONVERSAR com Deus: Falar e Escutar...
   As Orações não precisam de palavras complicadas.
   Existem orações escritas que rezamos, mas também as orações
   que são feitas quando queremos conversar com Deus do nosso jeito.
   Deus é o nosso melhor amigo e gosta de nos ouvir.

+ Rezar é fazer SILÊNCIO profundo
   para ouvir Deus, acolher a sua Palavra
   e assim nos dispor a fazer a sua vontade...

+ Rezar é uma RESPOSTA vivencial e verbal,
   que poderá assumir várias FORMAS: Ação de graças... Contemplação...    
   Profissão de fé... Declaração de entrega... Pedido...

+ UM DESAFIO: (convite):            
    Nesta semana: encontrar todos os dias um tempo sagrado
    para uma Oração (conversa) pessoal com Deus...
    A Oração perseverante ajudará a ser "Discípulos-Missionários"

Nesse Dia Mundial das Missões, recordemos o compromisso missionário
da Igreja, rezando pelos missionários e dando a nossa oferta pelas missões.
Lembremos mais uma vez o tema "Juventude em missão"
e o lema "A quem eu te enviar, irás" da Campanha missionária.


                                     Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.10.2013

PAPA FRANCISCO DIRIGE MENSAGEM À IGREJA NA ÁSIA

ACOMPANHE A MENSAGEM PELO RADIO
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RADIO VATICANO

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PAPA FRANCISCO NA AUDIÊNCIA GERAL

Audiência Geral: "Somos missionários. Uma Igreja fechada em si mesma trai sua própria identidade"ir

2013-10-16 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quarta-feira, mais uma vez a Praça S. Pedro ficou lotada para a Audiência Geral com o Papa Francisco.
Antes das 10h, o Pontífice já estava em meio aos fiéis, a bordo do seu jipe, para cumprimentá-los com bênçãos, carinhos e aperto de mãos. Em sua catequese, o Papa falou de mais uma característica da Igreja professada no Credo: a apostolicidade.
Professar que a Igreja é apostólica, explicou Francisco, significa destacar o elo profundo, constitutivo que ela tem com os Apóstolos. “Apostolo” é uma palavra grega que quer dizer “mandado”, “enviado”. Os Apóstolos foram escolhidos, chamados e enviados por Jesus, para continuar a sua obra. Partindo desta explicação, o Papa destacou brevemente três significados do adjetivo “apostólica” aplicado à Igreja.
Em primeiro lugar, a Igreja é apostólica porque está fundada sobre a pregação dos Apóstolos, que conviveram com Cristo e foram testemunhas da sua morte e ressurreição. “Sem Jesus, a Igreja não existe. Ele é a base e o fundamento da Igreja”, recordou o Papa, afirmando que a Igreja é como uma planta, que cresceu, se desenvolveu e deu frutos ao longo dos séculos, mas mantêm suas raízes bem firmes em Cristo.
Em segundo lugar, a Igreja é apostólica, porque Ela guarda e transmite, com ajuda do Espírito Santo, os ensinamentos recebidos dos Apóstolos, dando-nos a certeza de que aquilo em que acreditamos é realmente o que Cristo nos comunicou.
“Ele é o ressuscitado e suas palavras jamais passam, porque Ele está vivo. Hoje Ele está entre nós, está aqui, nos ouve. Ele está no nosso coração. E esta é a beleza da Igreja. Já pensamos em quanto é importante este dom que Cristo nos fez, o dom da Igreja, onde podemos encontrá-Lo? Já pensamos que é justamente a Igreja – no seu longo caminhar nesses séculos, apesar das dificuldades, dos problemas, das fraquezas, os nossos pecados – que nos transmite a autêntica mensagem de Cristo?”
Enfim, a Igreja é apostólica porque é enviada a levar o Evangelho a todo o mundo. De fato, a palavra apóstolo significa “enviado”. Esta é uma bela responsabilidade que somos chamados a redescobrir: a Igreja é missionária e não pode ficar fechada em si mesma.
“Insisto sobre este aspecto da missionariedade, porque Cristo convida todos a irem ao encontro dos outros. Nos envia, nos pede que nos movamos para levar a alegria do Evangelho. Devemos nos perguntar: somos missionários ou somos cristãos de sacristia, só de palavras mas que vivem como pagãos? Isso não é uma crítica, também eu me questiono. A Igreja tem suas raízes, mas olha sempre para o futuro, com a consciência de ser enviada por Jesus. Uma Igreja fechada trai sua própria identidade. Redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de ser Igreja apostólica.”
Após a catequese, o Pontífice saudou os peregrinos de língua portuguesa, em especial os fiéis brasileiros de São José dos Campos, Santos e São Paulo. Em polonês, recordou os 35 anos da eleição à Sé de Pedro de João Paulo II.

PAPA FRANCISCO

Francisco: Não podemos nos acostumar com a fome. A cultura do desperdício deve acabar

Cidade do Vaticano (RV) – “Fome e desnutrição jamais podem ser consideradas um fato normal ao qual se habituar”: palavras do Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial da Alimentação, celebrada esta quarta-feira, 16.
O Pontífice endereçou sua mensagem ao Diretor-Geral do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que foi lida em plenária pelo Observador da Santa Sé na FAO, Dom Luigi Travaglino.
No texto, o Pontífice reitera a frase pronunciada em 20 de junho passado, quando definiu a fome como um escândalo e um dos desafios mais sérios para a humanidade:
“Paradoxalmente, numa época em que a globalização permite conhecer as situações de necessidade no mundo, parece crescer a tendência ao individualismo e ao fechamento em si mesmos. Tendência que leva à indiferença – em nível pessoal, institucional e governamental – por quem morre de fome ou sofre por desnutrição. Mas fome e desnutrição jamais podem ser considerados um fato normal ao qual se habituar, como se fosse parte do sistema. Algo deve mudar em nós mesmos, na nossa mentalidade, nas nossas sociedades.”
Para Francisco, um passo importante nessa direção seria abater as barreiras do individualismo e da escravidão do lucro a todo custo. “Penso que seja necessário hoje, mais do que nunca, educar-nos à solidariedade, redescobrir o valor e o significado desta palavra tão incômoda e deixada de lado e fazer com que ela norteie as escolhas em nível político, econômico e financeiro, nas relações entre as pessoas, entre os povos e entre as nações.”
Só se pode ser solidário de modo concreto, disse o Papa, recordando que esta atitude não se reduz ao assistencialismo, mas deve levar à independência econômica.
Comentando o tema escolhido pela FAO para a celebração deste Dia, “Sistemas alimentares sustentáveis para a segurança alimentar e a nutrição”, o Papa pede uma renovação desses sistemas numa perspectiva solidária, ou seja, superando a lógica da exploração selvagem da criação, protegendo o meio ambiente e os seus recursos.
Mais uma vez, falou da “cultura do desperdício” – sinal da “globalização da indiferença” que leva a sacrificar homens e mulheres aos ídolos do lucro e do consumo. Um fruto dessa cultura é o desperdício de alimentos – destino de quase um terço da produção alimentar mundial.
Eis então que “educar-nos à solidariedade significa educar-nos à humanidade: edificar uma sociedade que seja realmente humana significa colocar no centro, sempre, a pessoa e a sua dignidade, e jamais liquidá-la à lógica do lucro”.
Esta educação deve começar em casa, disse Francisco, que é a primeira comunidade educativa onde se aprende a cuidar do outro, do bem do outro, a amar a harmonia da criação e a gozar e compartilhar os seus frutos, favorecendo um consumo racional, equilibrado e sustentável.
“Apoiar e tutelar a família para que eduque à solidariedade e ao respeito é um passo decisivo para caminhar rumo a uma sociedade mais équa e humana”, concluiu o Pontífice, garantindo o empenho e companhia da Igreja Católica neste percurso.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

PAPA NA CASA SANTA MARTA


Papa na Santa Marta: "Só as boas ações não nos salvam. É preciso combater a 'síndrome de Jonas"'




VEJA O VÍDEO:

https://www.youtube.com/watch?v=2bG9tF1BAgo
Cidade do Vaticano (RV) - É preciso combater a “síndrome de Jonas” que nos leva à hipocrisia de pensar que somente nossas obras são suficientes para nos salvar. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta manhã na Casa Santa Marta.
No Evangelho de hoje, observou o Pontífice, Jesus fala de “geração má”, referindo-se aos “doutores da lei” que tentavam criar uma armadilha para Ele. Essas pessoas lhe pediam sinais e Jesus respondeu que não haveria sinal nenhum, exceto o de Jonas.
Para o Papa Francisco, existe também a “síndrome de Jonas”. O Senhor lhe havia pedido que fosse a Nínive e ele fugiu para a Espanha. Tudo era claro para Jonas: “a doutrina é esta”, “se deve fazer isso” e os pecadores “que se virem, eu vou embora”. Os que vivem segundo esta síndrome de Jonas, advertiu o Papa, Jesus os chama de hipócritas, pois não buscam a salvação dos pecadores:
A ‘síndrome de Jonas’ não se preocupa com a conversão das pessoas, busca uma santidade que, eu diria, é uma santidade de ‘tinturaria’, toda perfeita, mas sem o zelo de pregar o Senhor.
Diante dessa geração má, o Senhor promete o sinal de Jonas. Na versão de Mateus, ele ficou três dias e três noites dentro de uma baleia, em referência a Jesus no sepulcro – e este é o sinal que Jesus promete contra a hipocrisia, contra esta atitude de religiosidade perfeita. Através da sua morte e de sua ressurreição, o sinal de Jesus promete a sua misericórdia.
O verdadeiro sinal de Jonas é o que nos dá a confiança de sermos salvos pelo sangue de Cristo. Quantos cristãos, e são muitos, pensam que serão salvos somente por aquilo que fazem, por suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, um resposta àquele amor misericordioso que nos salva. Só as obras, sem este amor misericordioso, não servem.
Ao invés, a ‘síndrome de Jonas’ tem confiança somente na sua justiça pessoal, nas suas obras.
Eis que a ‘síndrome de Jonas’ nos leva à hipocrisia, àquela suficiência, a sermos cristãos limpos, perfeitos, porque fazemos as obras e cumprimos os mandamentos. É grande doença”, disse o Papa, enquanto o sinal de Jonas é a misericórdia de Deus em Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós para a nossa salvação.
O sinal de Jonas, explicou, nos chama a seguir o Senhor, com humildade e com mansidão. Trata-se de um chamado e de uma escolha. “Aproveitemos esta liturgia – concluiu o Papa – para nos questionar e fazer uma escolha: que eu prefiro? A síndrome ou o sinal de Jonas?”

domingo, 13 de outubro de 2013

ORAÇÃO DO TERÇO


PAPA FRANCISCO NA PRAÇA DE SÃO PEDRO


HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Homilia do Papa na Missa de conclusão das Jornadas Marianas do Ano da Fé - 13 Outubro

2013-10-13 Rádio Vaticana
«Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas» (Sl 97, 1).
Encontramo-nos hoje diante duma das maravilhas do Senhor: Maria! Uma criatura humilde e frágil como nós, escolhida para ser Mãe de Deus, Mãe do seu Criador.
Precisamente olhando Maria à luz das Leituras que acabámos de escutar, queria reflectir convosco sobre três realidades: Deus surpreende-nos, Deus pede-nos fidelidade, Deus é a nossa força.
A primeira: Deus surpreende-nos. O caso de Naamã, comandante do exército do rei da Síria, é notável: para se curar da lepra, vai ter com o profeta de Deus, Eliseu, que não realiza ritos mágicos, nem lhe pede nada de extraordinário. Pede-lhe apenas para confiar em Deus e mergulhar na água do rio; e não dos grandes rios de Damasco, mas de um rio pequeno como o Jordão. É uma exigência que deixa Naamã perplexo, surpreendido: Que Deus poderá ser este que pede uma coisa tão simples? A vontade primeira dele é retornar ao País, mas depois decide-se a fazê-lo, mergulha no Jordão e imediatamente fica curado. Vedes!? Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele.
Esta é a experiência da Virgem Maria: perante o anúncio do Anjo, não esconde a sua admiração. Fica admirada ao ver que Deus, para Se fazer homem, escolheu precisamente a ela, jovem simples de Nazaré, que não vive nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele, mesmo não entendendo tudo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Deus surpreende-nos sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projectos, e diz-nos: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me!
Hoje perguntemo-nos, todos, se temos medo daquilo que Deus me poderá pedir ou está pedindo. Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou fecho-me nas minhas seguranças, nos meus projectos? Deixo verdadeiramente Deus entrar na minha vida? Como Lhe respondo?
2. Na passagem lida de São Paulo, ouvimos o Apóstolo dizer ao seu discípulo Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo; se perseverarmos com Ele, também com Ele reinaremos. Aqui está o segundo ponto: lembrar-se sempre de Cristo, perseverar na fé. Deus surpreende-nos com o seu amor, mas pede fidelidade em segui-Lo. Pensemos quantas vezes já nos entusiasmámos por qualquer coisa, por uma iniciativa, por um compromisso, mas depois, ao surgirem os primeiros problemas, abandonámos. E, infelizmente, isto acontece também com as opções fundamentais, como a do matrimónio. É a dificuldade de ser constantes, de ser fiéis às decisões tomadas, aos compromissos assumidos. Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os dias.
Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz. Estão aqui hoje muitas mães; pensai até onde chegou a fidelidade de Maria a Deus: ver o seu único Filho na Cruz.
Sou um cristão intermitente, ou sou cristão sempre? Infelizmente, a cultura do provisório, do relativo penetra também na vivência da fé. Deus pede-nos para Lhe sermos fiéis, todos os dias, nas acções quotidianas; e acrescenta: mesmo se às vezes não Lhe somos fiéis, Ele é sempre fiel e, com a sua misericórdia, não se cansa de nos estender a mão para nos erguer e encorajar a retomar o caminho, a voltar para Ele e confessar-Lhe a nossa fraqueza a fim de que nos dê a sua força.
3. O último ponto: Deus é a nossa força. Penso nos dez leprosos do Evangelho curados por Jesus: vão ao seu encontro, param à distância e gritam: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós» (Lc 17, 13). Estão doentes, necessitados de serem amados, de terem força e procuram alguém que os cure. E Jesus responde, libertando-os a todos da sua doença. Causa estranheza, porém, o facto de ver que só regressa um para Lhe agradecer, louvando a Deus em alta voz. O próprio Jesus o sublinha: eram dez que gritaram para obter a cura, mas só um voltou para gritar em voz alta o seu obrigado a Deus e reconhecer que Ele é a nossa força. É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós.
Vejamos Maria: depois da Anunciação, o primeiro gesto que ela realiza é um acto de caridade para com a sua parente idosa Isabel; e as primeiras palavras que profere são: «A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua acção em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força! Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia é tão difícil! Nós quantas vezes dizemos obrigado em família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! E o mesmo acontece com Deus.
Continuando a Eucaristia, invocamos a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os diaa, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amen

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PAPA FRANCISCO - HOMILIA

Sempre vigilantes às tentações do demónio – o Papa Francisco na missa desta sexta-feira pediu para não relativizarmos a luta contra o mal

2013-10-11 Rádio Vaticana


Na Missa desta sexta-feira na Casa de Santa Marta o Papa Francisco na sua homília falou da presença das tentações do demónio nas nossas vidas e para as quais devemos estar vigilantes. No Evangelho de hoje podemos ler que Jesus expulsa os demónios e o Santo Padre apressa-se a contrariar aqueles, mesmo alguns padres, que definem como sendo uma cura de problemas psíquicos aquilo que Jesus faz com este milagre...
“Há alguns padres que quando lêem esta passagem do Evangelho, esta e outras, dizem: ‘Mas Jesus curou uma pessoa de uma doença psíquica.’ Mas que parte é que leram? É verdade que naquele tempo era possível confundir uma epilepsia com a possessão do demónio; mas também é verdade que havia o demónio! E nós não temos o direito de fazer tão simples a coisa, como que dizendo: ‘Todos estes não eram endemoniados, eram doentes psíquicos.’ Não! A presença do demónio está na primeira página da Bíblia e a Bíblia acaba também com a presença do demónio, com a vitória de Deus sobre o demónio.”
O Papa Francisco considerou que não devemos ser ingénuos e estar sempre vigilantes às investidas do maligno. Segundo o Santo Padre, se não guardamos o bem, aparece o mal que é mais forte do que nós. Apontou o nosso caminho cristão para lutar contra as tentações e especificou que existem três critérios para discenir a presença do mal nas nossas vidas: o primeiro critério é não confundir a verdade – Jesus luta contra o diabo. O segundo critério é que quem não é com Jesus é contra Jesus – não pode haver, portanto, atitudes pela metade. E o terceiro critério é a vigilância sobre o nosso coração, porque o demónio é astuto e nunca é expulso para sempre, pois só no último dia isso acontecerá!
O demónio está sempre à espreita e redobra as suas forças com as nossas fraquezas e debilidades, sobretudo, quando não estamos atentos. Por isso, o Papa Francisco afirmou que o demónio tem uma estratégia e reforçou o seu apelo à vigilância:
“A vigilância, porque a estratégia dele é aquela: ‘ Tu fizeste-te cristão, continua com a tua fé, eu deixo-te, deixo-te tranquilo. Mas depois quando tu estás habituado e não fazes tanta vigilância e sentes-te seguro, eu volto.’ O Evangelho de hoje começa com o demónio expulso e acaba com o demónio que volta! S. Pedro dizia : é como um leão feroz, que anda à nossa volta. E é assim, Mas, Padre, o senhor é bocado antiquado, está a assustar-nos com estas coisas... Nao, eu não! É o Evangelho! E isto não são mentiras , é a Palavra do Senhor!
Peçamos ao Senhor a graça de tomar a sério estas coisas. Ele veio lutar pela nossa salvação. Ele venceu o demónio! Por favor, não façamos negócios com o demónio! Ele tenta de voltar para casa e tomar de posse de nós...Não relativizar, vigiar! E sempre com Jesus!” (RS)

domingo, 6 de outubro de 2013

MÊS DE OUTUBRO E A VIRGEM MARIA

Outubro e a Virgem Maria

2013-10-06 Rádio Vaticana
Rio de Janeiro (RV) - Enquanto celebramos, aqui em nossa Arquidiocese, as festividades de Nossa Senhora da Penha há 378 anos – uma antiga devoção da Igreja que peregrina no Rio de Janeiro – muitas outras manifestações em louvor a Bem-Aventurada Virgem Maria estão acontecendo, pois o mês de outubro é rico em devoções marianas. A festa de Nossa Senhora do Rosário, aqui celebrada com a festa da “Senhora do Rosário”, e as tradições da Região Norte presentes nesta capital como o “Círio de Nazaré”, se unem a todo o Brasil com a festa da padroeira principal de nosso país.
Nesse sentido, ao celebrarmos a Festa de Nossa Senhora Aparecida, diretamente do seu Santuário Nacional, somos convidados, como peregrinos ou pelos meios de comunicação social, a participar da Novena, iniciada no dia 03, que se estenderá até o dia 11 de outubro, com o sugestivo tema: "Com a Mãe Aparecida, seguimos Jesus, nossa luz!". Realmente, Jesus é a luz do mundo, a luz a iluminar a quantos caminham por pegadas errantes. Iluminado por Cristo, o Papa Francisco, neste ano, rezou pela Jornada Mundial da Juventude, fazendo a consagração a Nossa Senhora Aparecida, toda esta voltada para os méritos de Cristo. Devemos aprender a rezar, fiel ao que Maria disse: "Fazei tudo o que Ele vos disser!". Rezemos, pois, a nova versão da consagração: "Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague sua devoção; consagro-vos o meu coração para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja!"
Santo Afonso Maria de Ligório afirma que "Maria não só é Mãe de Deus como também de toda a Igreja". Por que ele disse estas palavras? Partiu da premissa de que, se Maria gerou Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, por conseguinte gerou o seu Corpo, a Igreja. Nessa linha de pensamento, de Maria nasceu o Salvador e a própria Igreja, corpo místico de Jesus.
O fundador dos padres redentoristas, que foi um santo bispo e patrono de todos os moralistas, insistia em que invocássemos a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, quando nos ensinava: "Ela é cheia de graça; porém, esta plenitude não foi concedida apenas para si, mas também para que compartilhasse conosco". Isso porque "a Virgem adianta-se às nossas orações, ampara-nos nas aflições, protege-nos, dá-nos santas inspirações para vivermos profundamente a caridade. Mais ainda, ela anima-nos e nos fortalece nos momentos de desânimo e angústia; é fiel defensora de seus filhos nos embates da vida, e quando recorrermos a Ela nas tentações, sempre a temos ao nosso lado; mesmo sem a ela recorrermos".
O Papa Bento XVI nos recorda sobre a verdadeira devoção a Maria: "Cuidando de nós, seus filhos: os filhos que se dirigem a ela na oração, para agradecê-la ou para pedir a sua materna proteção e a sua ajuda celestial, depois de ter perdido o caminho, oprimidos pela dor ou pela angústia por causa das tristes e difíceis vicissitudes da vida. Na serenidade ou na escuridão da existência, nós nos voltamos para Maria, confiando-nos à sua contínua intercessão, para que nos possa obter do Filho toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação ao longo das estradas do mundo. Àquele que governa o mundo e detém os destinos do universo nos dirigimos confiados, por meio da Virgem Maria. Ela, por séculos, é invocada como celestial Rainha dos céus; depois da oração do Santo Terço, é implorada na ladainha como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos e das Famílias. O ritmo dessas antigas invocações e orações cotidianas como a Salve Rainha nos ajudam a compreender que a Virgem Santa, como Mãe nossa, junto ao Filho Jesus, na glória do Céu, está conosco sempre, no desenrolar da nossa vida diária".
Por isso, nestes dias marianos, em louvor a Nossa Senhora da Penha, em honra de Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rosarío ou de Nossa Senhora de Nazaré, vamos redescobrir o valor da devoção mariana, reavivando o bonito costume da oração do Santo Rosário em nossas famílias, comunidades, condomínios, nos locais de trabalho e em todos os lugares em que não podemos deixar de manifestar nossa adesão a Jesus Cristo, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria.
Que Maria nos conduza como discípulos-missionários a levar as maravilhas do Reino a todos os homens e mulheres de boa vontade. Santa Maria, rogai por nós que recorremos a Vós!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

PAPA FRANCISCO NA ORAÇÃO DO ANGELUS

Papa no Angelus recorda vítimas do naufrágio em Lampedusa: "Deixemos o nosso coração chorar"

2013-10-06 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus deste domingo, 06 de outubro, da janela da residência pontifícia, no Vaticano, com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.
O Santo Padre agradeceu a Deus pela peregrinação a Assis, na última sexta-feira, na festa de São Francisco.
"Naquele tempo, os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta a nossa fé", disse o Papa citando o Evangelho deste domingo. "Também nós como os apóstolos temos de pedir ao Senhor para aumentar a nossa fé pequena e frágil", frisou o pontífice que exortou os fiéis na Praça São Pedro a repetirem com ele: Senhor aumenta a nossa fé. "Qual é a resposta do Senhor", perguntou Francisco acrescentando:
"A resposta é: Se vocês tivessem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta amoreira: Arranque-se daí, e plante-se no mar. E ela obedeceria a vocês. A semente de mostarda é muito pequena, mas Jesus disse que basta ter uma fé pequena, porém verdadeira e sincera para realizar as coisas humanamente impossíveis e impensáveis."
O Santo Padre frisou que "todos nós conhecemos pessoas simples, humildes, mas com uma fé fortíssima, que realmente move montanhas! Pensemos, por exemplo, em algumas mães e pais que enfrentam situações muito difíceis ou nos doentes até mesmo terminais que transmitem serenidade para aqueles que vão visitá-los. Essas pessoas, por causa de sua fé, não se vangloriam do que fazem, aliás, como diz Jesus no Evangelho, elas dizem: Somos servos inúteis. Fizemos o que devíamos fazer."
A seguir, sobre o mês missionário disse:
"Neste mês de outubro, especialmente dedicado às missões, pensemos nos missionários, homens e mulheres que para anunciar o Evangelho superaram obstáculos de todos os tipos, deram realmente a vida, como São Paulo diz a Timóteo: 'Não se envergonhe, portanto, de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; pelo contrário, com a força de Deus, sofre comigo pelo Evangelho."
"Cada um de nós, na própria vida cotidiana deve testemunhar Cristo com a força de Deus, a força da fé. Ser cristãos com a vida, com o nosso testemunho", disse ainda o Papa.
"De onde obtemos essa força? De Deus na oração. A oração é o respiro da fé: numa relação de confiança, num relacionamento de amor, não pode faltar o diálogo e a oração é o diálogo da alma com Deus. Outubro é também o mês do Rosário, e neste primeiro domingo é tradição recitar a Súplica a Nossa Senhora de Pompéia, Beata Virgem Maria do Santo Rosário. Unamo-nos espiritualmente a este ato de confiança em nossa Mãe e recebamos de suas mãos o Rosário. O Rosário é uma escola de oração, o Rosário é uma escola de fé."
Após a oração mariana do Angelus, Francisco recordou o seminarista italiano Beato Rolando Rivi, beatificado neste último sábado, em Modena, morto em 1945, por ódio à fé, quando tinha apenas 14 anos. A sua culpa foi a de vestir uma batina nesse período de violência desencadeada contra o clero, que levantou a voz para condenar, em nome de Deus, os massacres do imediato pós-guerra.
"A sua fé em Jesus venceu o espírito do mundo! Agradecemos a Deus por este jovem mártir, testemunha heróica do Evangelho. Quantos jovens de 14 anos, hoje, têm diante de si este exemplo: um jovem corajoso, que sabia para onde ir, conhecia o amor de Jesus em seu coração e deu a sua vida por Ele. Um exemplo bonito para os jovens", frisou o Papa.
A seguir, o Santo Padre recordou as vítimas do naufrágio na ilha de Lampedusa, sul da Itália, na última quinta-feira, pedindo um momento de oração silenciosa pelos homens, mulheres e crianças que morreram. "Deixemos o nosso coração chorar. Rezemos em silêncio", destacou.
Enfim, o Santo Padre saudou a comunidade peruana de Roma que levou em procissão até a Praça São Pedro a imagem do Senhor dos Milagres, saudou também os fiéis provenientes do Chile e da Alemanha, e um grupo de mulheres de Gubbio, na Itália, além da Comunidade Romana de Santo Egídio e os doadores de sangue de Verona. (MJ)

A PARÓQUIA DO ANIL RECEBEU NESTA MADRUGADA A VISITA DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

A Paróquia do Anil, agradece a visita de Nossa Senhora de Nazaré com os seus romeiros e parabeniza o Pe. Flávio Collins e Pe. Clemilton pela organização da Romaria mariana. É A Festa da Luz Círio de Nazaré! Devoção vigor e Fé. "Ela guardava e meditava tudo no seu coração." (Lc 2,19)























sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PAPA FRANCISCO EM ASSIS

Papa em Assis: "Jovens, não tenham medo de fazer escolhas definitivas na vida"

2013-10-04 Rádio Vaticana
Assis (RV) - O Papa Francisco encontrou-se com os jovens da Úmbria, na tarde desta sexta-feira, na praça adjacente à Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. Antes, porém, fez uma oração na Porciúncula, igreja localizada dentro dessa basílica, onde São Francisco fundou a Ordem Franciscana e faleceu em 1226.
Cerca de 40 mil jovens participaram do encontro com o Papa Francisco. Durante o encontro, o Santo Padre respondeu as perguntas de alguns jovens. O que é o matrimônio? Esta primeira pergunta foi feita por um casal jovem. "Um testemunho bonito! Dois jovens que escolheram e decidiram, com alegria e coragem, formar uma família. É preciso ter coragem para formar uma família", disse o Papa. A seguir, o pontífice respondeu a pergunta dizendo:
"É uma verdadeira vocação, assim como o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconheceram em sua história de amor o chamado do Senhor, a vocação a se tornarem de dois, homem e mulher, uma só carne, uma só vida. O Sacramento do Matrimônio envolve esse amor com a graça de Deus, enraíza essa união no próprio Deus."
"Os nossos pais, avós e bisavós se casaram em condições muito piores do que a nossa. Alguns em tempo de guerra ou depois da guerra e outros imigraram como os meus pais. Onde encontraram a força? Na certeza de que o Senhor estava com eles, que a família é abençoada por Deus com o Sacramento do Matrimônio e bendita é a missão de dar à luz filhos e educá-los", disse o Francisco.
O Santo Padre frisou que "para construir bem, de maneira sólida, é necessária essa base moral e espiritual e hoje esta base não é mais garantida pelas famílias e tradição social".
"A sociedade em que vocês nasceram favorece os direitos individuais em vez da família e muitas vezes fala sobre o relacionamento de casal, família e matrimônio de maneira superficial e equívoca. Basta assistir a determinados programas de televisão", sublinhou o pontífice.
O Papa destacou que o Espírito Santo suscita sempre novas respostas às novas exigências e por isso se multiplicaram na Igreja encontros para namorados, cursos de preparação ao matrimônio, grupos de casais jovens nas paróquias, movimentos familiares e outros. "Eles são uma imensa riqueza! São pontos de referência para todos: jovens em busca, casais em crise, pais em dificuldades com seus filhos e vice-versa. A fantasia do Espírito é infinita e muito concreta", disse o Santo Padre.
Francisco convidou a não ter medo de fazer escolhas definitivas na vida, como o matrimônio. "Confiem no Senhor e deixem que Ele entre em suas casas como uma pessoa de família. A família é a vocação que Deus inscreveu na natureza do homem e da mulher", sublinhou o pontífice, destacando outra vocação complementar ao matrimônio: o chamado ao celibato e à virgindade para o Reino dos Céus. "É a vocação que o próprio Jesus viveu. Como reconhecê-la? Como segui-la?".
O Papa respondeu essa segunda pergunta com dois elementos essenciais:
"Rezar e caminhar na Igreja. Essas duas coisas caminham juntas, são interligadas. Na origem de toda vocação à vida consagrada existe sempre uma forte experiência de Deus, uma experiência que nunca se esquece. É Deus quem chama. Por isso, é importante ter uma relação cotidiana com Ele. Aqui em Assis, não há necessidade de palavras! Francisco e Clara falam através de seu carisma a tantos jovens do mundo inteiro. Jovens que deixam tudo para seguir Jesus no caminho do Evangelho."
Da palavra Evangelho o Santo Padre respondeu as duas últimas perguntas feitas pelos jovens: 'O que podemos fazer?', pergunta que diz respeito ao compromisso social nesse período de crise que ameaça a esperança, e 'Qual pode ser a nossa contribuição?', pergunta que diz respeito à evangelização, levar a mensagem de Jesus aos outros.
Francisco disse que "o Evangelho não diz respeito somente à religião, mas ao ser humano como um todo, ao mundo, à sociedade e civilização humana. O Evangelho é mensagem de salvação de Deus para a humanidade".
O pontífice sublinhou que o Evangelho tem dois destinos que estão relacionados:
"O primeiro, despertar a fé e isso é a evangelização. O segundo, transformar o mundo segundo o desígnio de Deus, e essa é a animação cristã da sociedade. Essas duas coisas não caminham separadas, mas formam uma única missão: levar o Evangelho com o testemunho de nossas vidas transforma o mundo. Este é o caminho."
O Santo Padre destacou que São Francisco fez as duas coisas com a força do Evangelho. "Francisco fez aumentar a fé, renovou a Igreja e ao mesmo tempo renovou a sociedade, tornando-a mais fraterna, mas sempre com o Evangelho", disse ainda o pontífice.
O Papa Francisco convidou os jovens da Úmbria a seguirem o exemplo de São Francisco de Assis, testemunhando a fé com suas vidas e servindo Cristo nos pobres. (MJ)