“GAUDIUM ET SPES”
Constituição pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje
A Igreja quer oferecer ao mundo de
hoje as luzes e os auxílios do Evangelho, como resposta às situações
angustiantes que nele se agitam sobre o sentido da vida e da atividade humana concreta
no plano individual e social.
INTRODUÇÃO:
a condição do homem no mundo de hoje
O progresso do mundo hodierno se
caracteriza por fortes contrastes e profundas mudanças, com consequentes
desequilíbrios na vida social e psicológica dos indivíduos, da família, das
raças, classes e nações.
Algumas características do mundo
moderno: 1) a exaltação da liberdade e, consequentemente, o aparecimento de
novas formas de escravidão social e psíquica; 2) a procura por uma organização
temporal mais perfeita, sem que o crescimento espiritual progrida ao mesmo
tempo; 3) a influência da ciência e da técnica na formação do pensamento e da
ordem da ação humana; 4) o introduzir de novas relações sociais sem que se
promova relações pessoais; 5) põe-se em questão os valores recebidos, normas e
condutas, particularmente junto aos jovens; 6) multidões afastam-se da
religião; 7) surge o desequilíbrio entre a especialização da atividade humana e
a visão universal das coisas; 8) a disseminação da própria ideologia.
Resultado: nossos contemporâneos são impedidos de discernir os valores perenes.
O mundo moderno se apresenta ao
mesmo tempo poderoso e débil. E mais, incapaz de dar respostas fundamentais às
interrogações profundas do gênero humano: que é o homem? Qual é o significado da
dor, do mal, da morte que, apesar de tanto progresso conseguido, continuam a
subsistir?
Sobre esta situação, o Concílio dos
Padres busca, na Gaudium et Spes,
esclarecer o mistério do homem e cooperar na descoberta da solução dos
principais problemas do nosso tempo.
1ª
PARTE: a Igreja e a vocação do homem
Feito
à IMAGEM DE DEUS, o HOMEM É UM SER LIVRE e ABERTO A GRANDES PERSPECTIVAS.
Contudo, MARCADO PELO PECADO é ao mesmo tempo carente do auxílio da graça
redentora para se autorrealizar.
NASCIDO PARA UMA VOCAÇÃO DE COMUNHÃO
COM DEUS, o homem se contradiz a si mesmo quando abraça o ateísmo, em qualquer
de suas formas. Ao contrário, QUANDO ENCONTRA A CRISTO, o homem Perfeito,
encontra o significado para a sua vida e para a sua morte.
CAPÍTULO
I: a dignidade da pessoa humana
Que pensa a Igreja sobre o homem?
Que deve ser recomendado para a construção da sociedade atual? Qual é o
significado último da atividade do homem no universo?
As
Sagradas Escrituras ensinam que o homem foi criado “à imagem de Deus”, capaz de
conhecer e amar. Deus não o criou solitário, mas na comunhão de pessoas: homem
e mulher. Resultado: o homem é, por natureza íntima, um ser social.
Pelo
pecado, sinal de
abuso da liberdade, o homem destruiu a devida ordem em relação ao fim último e,
ao mesmo tempo, a harmonia consigo mesmo, com os outros homens e com as coisas
criadas. A partir daí a vida se apresenta como uma luta dramática entre o bem e
o mal.
Dignidade da consciência moral.
Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei que o insta a fazer o
bem e a evitar o mal. Ele não a dá a si mesmo.
A
prevalência pela consciência reta faz com que as pessoas se esforcem por
conformar às normas objetivas da moralidade.
Nossos
contemporâneos, exaltando a liberdade, fomentam-na muitas vezes de forma
viciada, com uma licença de fazer tudo que agrada, mesmo o mal. A verdadeira
liberdade é sinal eminente da imagem de Deus no homem.
Diante
do mistério da morte,
observa-se que a longevidade, que a biologia lhe consegue, não satisfaz o desejo
de viver sempre mais neste mundo, porque longevidade não é eternidade. A
semente da eternidade que o homem leva dentro de si se insurge contra a morte.
Por isso, a fé dá ao homem uma resposta à sua angústia e sorte futura.
O
ateísmo contradiz a
vocação do homem para a comunhão com Deus. O homem, se existe, é somente porque
Deus o criou e isto por amor.
Conselho:
o remédio para o ateísmo deve ser não só a adequada exposição doutrinária, mas
também a pureza de vida da Igreja e de seus membros. Com outras palavras, pelo
testemunho de uma fé viva e adulta formada.
O
mistério do homem só se compreende no mistério de Cristo, o Homem Novo. Nele a
natureza humana foi assumida, não aniquilada.
Se
nós o seguirmos, a vida e a morte se santificam e adquirem nova significação.
CAPÍTULO
II: a comunidade humana
Não
basta o progresso técnico para que a humanidade venha a formar a comunidade
pela qual aspira por natureza e vocação. É preciso que se desenvolva a
intercomunicação, que se promova o bem comum e o respeito pelas pessoas, que se
chague à justiça social e à participação de todos nos bens da cultura e da vida
social.
Quão caro seja a Deus o ideal da
comunidade humana aparecer no fato de que o VERBO se encarnou para reunir toda
a família humana e instituir a Igreja como uma comunidade fraterna e
sobrenatural.
O
homem é um ser social.
A índole social do homem mostra que o aperfeiçoamento da pessoa e o
desenvolvimento da sociedade dependem um do outro. Por sua natureza, a pessoa
necessita absolutamente da vida social. Por isso, Ela é e deve ser o princípio,
sujeito e fim das instituições sociais.
Dos
vínculos sociais necessários à educação do homem, a família e a comunidade
política correspondem mais imediatamente à sua natureza íntima. As tensões
existentes no âmbito econômico, política e social causam perturbações na ordem
social.
O bem comum. Qualquer
grupo deve levar em conta tanto as necessidades e aspirações legítimas dos
outros grupos, quanto o bem comum de toda a família humana. Esse bem comum
envolve direitos e deveres mútuos que são universais e invioláveis.
Coisas
necessárias ao homem para que leve uma vida verdadeiramente humana: alimento,
roupa, habitação, direito de escolher livremente o estado de vida e de
construir família, direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à
conveniente informação, direito de agir segundo a norma reta de sua
consciência, direito à proteção da vida particular e à justa liberdade, também
em matéria religiosa.
Qualquer
forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa deve ser eliminada.
A
ordem social e o seu progresso devem ordenar-se sem cessar ao bem das pessoas.
Isto indica que a organização das coisas deve subordinar-se à ordem das pessoas
e nunca o contrário. O sábado foi feito para o homem e não o homem para o
sábado. E esta ordem deve ter por base a verdade.
Ética individualista.
Cultivar as virtudes morais e sociais e difundi-las na sociedade é tarefa de
todos para que se supere uma ética individualista. A educação dos jovens deve
ser organizada de modo que ajude a surgir homens e mulheres não só cultos, mas
também de personalidade forte.
O
Verbo Encarnado ao ter querido participar da comunidade humana, santificou as
relações humanas, sobretudo as familiares, das quais derivam as relações
sociais.
CAPÍTULO
III: sentido da atividade humana no mundo
Atuar,
dominando a criação, é a vocação do homem. O progresso material deve estar,
porém, subordinado ao progresso moral e social do gênero humano.
A Escritura e a própria experiência
atestam como o progresso pode tantas vezes servir ao egoísmo e ao pecado. Como
superar essas misérias? Responde a Igreja: “Inserindo atividades humanas na
Redenção de Cristo, usando as coisas na lembrança de que é nosso, mas nós somos
de Cristo e Cristo é de Deus.
Cristo nos ensina que a lei fundamental
para a transformação do mundo é o amor, mediante o qual, sobrenaturalizado pela
graça, se poderá chegar à realização, na história, de um esboço da futura
Cidade de Deus.
O
homem, criado à imagem de Deus, recebeu a missão de submeter a terra e tudo o
que existe a si e de governar o mundo com justiça e santidade. Tudo isso
ultrapassa o valor do progresso técnico.
A
criação é dotada de fundamento próprio, verdade, bondade, leis e ordem
específicas. O homem deve respeitar tudo isso.
A
perturbação da hierarquia de valores, a mistura do bem com o mal fazem com que
as pessoas e grupos passem a olhar os próprios interesses e não os dos outros.
Assim, o mundo não é um lugar de fraternidade verdadeira, quando o poder ameaça
destruir o próprio gênero humano.
CAPÍTULO
IV: função da Igreja no mundo de hoje
O
FIM DA IGREJA É ESCATOLÓGICO, mas estando presente na terra, com suas energias
do Reino de Deus, ela pode e deve começar aqui a formar a família dos filhos de
Deus, num mundo humanizado por sua influência.
Ela exorta os cristãos a desempenharem
fielmente suas tarefas terrestres, numa autêntica vivência e irradiação da fé.
E ao mesmo tempo, para que possa precisamente impregnar o mundo, de maneira
mais integral, com a mensagem cristã, necessita conhecê-lo, em todos os seus
problemas, em sua evolução, em sua mentalidade. Conhecendo-o, muitas vezes é a
própria Igreja que se enriquece, capacitando-se a dar novas expressões à
encarnação da mensagem cristã.
A
Igreja é considerada aqui enquanto existe neste mundo e com ele vive e age. A
Igreja irradia sua luz sobre o mundo inteiro, porque restabelece e eleva a
dignidade humana e reveste de sentido profundo a atividade cotidiana dos
homens.
Auxílio da Igreja a cada homem.
A Igreja sabe que só Deus responde às aspirações profundíssimas do coração
humano. Por isso, ela se sente incumbida de revelar ao homem o sentido de sua
própria existência, a saber, a verdade essencial sobre ele.
O
homem é exposto à tentação de pensar que seus direitos pessoais são plenamente
garantidos quando desligados de qualquer norma da Lei divina. Por este caminho
a dignidade da pessoa perece.
A
missão da Igreja confiada por Cristo não é de ordem política, econômica ou
social. É de ordem religiosa. Aqui o Concílio exorta os cristãos a procurarem
desempenhar fielmente suas tarefas terrestres, guiados pelo espírito do
Evangelho.
O
divórcio entre a fé professada e a vida cotidiana de muitos deve ser enumerado
entre os erros mais graves do nosso tempo. Quando o cristão negligencia seus
deveres temporais, ele está negligenciando seus deveres para com o próximo e o
próprio Deus.
Os
leigos estão obrigados não somente a impregnar o mundo de espírito cristão, mas
também são chamados a serem testemunhos de Cristo em tudo.
Auxílio do mundo à Igreja.
Desde o início de sua história, a Igreja aprendeu a exprimir a mensagem de
Cristo através dos conceitos e linguagens dos diversos povos e, ainda,
ilustrou-a com a sabedoria dos filósofos.
A
Igreja precisa do auxílio dos que, crentes ou não crentes, vivendo no mundo,
conhecem bem os vários sistemas e disciplinas e entendem a sua mentalidade
profunda.
A Igreja como “o sacramento
universal da salvação" ajuda o mundo e dele recebe muitas coisas.
2ª
PARTE: alguns problemas mais urgentes (pastoral)
CAPÍTULO
I: a promoção da dignidade do matrimônio e da família
Estamos
DIANTE DE UMA INSTITUIÇÃO DO CRIADOR ELEVADA POR CRISTO À CATEGORIA DE
SACRAMENTO. Mas, infelizmente, o MATRIMÔNIO e a FAMÍLIA não refulgem atualmente
em toda parte com seu genuíno brilho. Causas: a peste do divórcio, o chamado
amor livre, e outras deformações.
A
salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar
da comunidade conjugal e familiar. O valor sagrado do estado matrimonial requer
que seja salvaguardado. Esse vínculo sagrado não depende do arbítrio humano.
Deus é o autor do matrimônio dotado de vários bens e fins, que são todos de
grande importância para a continuação do gênero humano, para a dignidade,
estabilidade, paz e prosperidade da própria família e da sociedade humana
inteira.
Todos devem promover a dignidade do
matrimônio e da família, tendo em vista que:
O consentimento matrimonial é pessoal e
irrevogável.
A união íntima, a doação recíproca do
casal e o bem dos filhos exigem fidelidade e indissolubilidade dos cônjuges.
O amor conjugal é alheio a toda espécie
de divórcio e adultério.
Esse Pacto e esse Amor SE ORDENAM À
PROCRIAÇÃO e EDUCAÇÃO DA PROLE, devendo ser assumida a fecundidade matrimonial
num espírito de responsabilidade generosa, humana e cristã;
A vida deve ser protegida com o máximo
de cuidado desde a concepção. O aborto como infanticídio são crimes nefandos.
Ao
poder civil cabe o
dever de considerar como sua função sagrada reconhecer, proteger, cultivar a verdadeira
natureza da família, defender a moralidade pública e favorecer a prosperidade
dos lares.
CAPÍTULO II: a conveniente promoção do
progresso cultural
No mundo de hoje abrem-se novos horizontes no
campo das ciências e cresce o senso de participação na cultura; entretanto,
persistem também graves antinomias dentro desse mesmo progresso cultural e entre ele e sua capacidade de
participação, para muitos.
O Concílio LEMBRA AOS
CRISTÃOS QUE SUA FÉ NO REINO DOS CÉUS NÃO OS DEVE DESINTERESSAR DA CULTURA MODERNA;
que esta de modo algum é feita para favorecer o agnosticismo; que o Evangelho
estimula a civilização; e lembra a todos que A CULTURA DEVE SUBORDINAR-SE À
PERFEIÇÃO INTEGRAL DA PESSOA E AO BEM COMUM.
Modificam-se profundamente as condições de vida do homem
moderno. De fato, os hábitos e costumes de vida tornam-se cada dia mais
uniformes. A industrialização, a urbanização e outras causas criam novas formas
de cultura (cultura de massa), das quais surgem maneiras novas de sentir, de
agir e de utilizar o tempo livre.
Que fazer para que os intercâmbios culturais não
perturbem a vida das comunidades, não destruam a sabedoria dos antepassados e
nem coloquem em perigo das comunidades, não destruam a sabedoria dos
antepassados e nem coloquem em perigo a índole de cada povo?
O homem pode contribuir em alta medida para que a
família humana se eleve às noções mais nobres do verdadeiro, do bom e do belo.
O progresso das ciências e da técnica, em razão de
seus métodos, não conseguem atingir as profundezas das realidades. Por isso,
não podem ser a norma suprema na procura da verdade.
A Igreja lembra que a cultura deve estar subordinada
à perfeição integral da pessoa humana, ao bem da comunidade e da humanidade
inteira.
Algumas obrigações mais urgentes dos
cristãos em relação à cultura:
Trabalhar no setor econômico e
político, em âmbito nacional e internacional, conforme a dignidade da pessoa,
sem discriminação de raça, sexo, nação, religião ou condição social.
Trabalhar pela promoção dos operários,
camponeses e mulheres;
Trabalhar pela promoção da cultura
integral do homem.
A civilização humana e a
educação cristã. Na pastoral sejam conhecidos e usados não só os
princípios teológicos, como também as descobertas feitas pelas ciências,
sobretudo da psicologia e da sociologia.
Os
fiéis saibam unir os conhecimentos das novas ciências e descobertas com a moral
e os ensinamentos da doutrina cristã, para que a cultura religiosa e a retidão
moral caminhem juntas.
CAPÍTULO
III: sobre a vida econômica e social
O
homem é o autor, centro e fim da vida econômico-social.
A
economia atual é assinalada por uma dominação crescente do homem sobre a
natureza. Constata-se que enquanto uma enorme multidão tem falta de coisas
necessárias, alguns, mesmo em regiões desenvolvidas, vivem na opulência ou
desperdiçam os bens. De um lado o luxo, de outro a miséria.
O desenvolvimento econômico:
Deve estar a serviço do homem todo e de
todos os homens (atendendo a hierarquia das exigências de sua vida intelectual,
moral, espiritual e religiosa);
Exige participação de muitas pessoas e
de todas as nações (não é um grupo de poderosos que decide etc.);
Exige a supressão das acentuadas
diferenças (econômico-sociais). Nada de discriminação referente à remuneração
dos provenientes de outra nação ou região.
Exige o cuidado pelos que sofrem
maiores dificuldades, por motivo de doença ou idade, assegurando assim sua
subsistência e dignidade humana.
Alguns princípios que precisam reger
a vida econômico-social:
O Trabalho e o Descanso são direito de
todos;
A participação ativa de
todos na gestão das empresas (homens livres e responsáveis: proprietário,
empregadores, operários). Deve-se promover isso;
O direito dos
trabalhadores de fundarem associações que os representem em termos de
organização da vida econômica na ordem reta;
A propriedade particular
deve estar a serviço do bem comum. Deus destinou a terra para o uso de todos os
homens e povos. Ele quis assim que os bens criados bastassem a todos com
equidade, sob as regras da justiça, inseparável da caridade. O homem que possui
legitimamente as coisas materiais não as deve ter só como próprias dele, mas
também como comuns, no sentido que possam ser úteis também aos outros. (caso
dos refugiados. Que as famílias os abriguem);
Ninguém abuse da
propriedade particular contra o bem comum.
CAPÍTULO
IV: a vida da comunidade política
A
comunidade política existe por causa do bem comum. Por isso, o exercício da
autoridade política deve ser sempre realizado dentro dos limites da ordem
moral. E neste caso os cidadãos são obrigados em consciência a obedecer.
Lembrem-se
os cidadãos do direito e do dever de usarem o voto para a promoção do bem
comum.
Os
cidadãos evitem atribuir demasiado poder à autoridade pública e não exijam dela
inoportunamente privilégios e proveitos exagerados.
Condenam-se
quaisquer formas políticas que impedem a liberdade civil e religiosa e desviam
o exercício da autopridade, do bem comum para o proveito de algum partido ou
dos próprios governantes.
Os fins e campos da Igreja e da
sociedade política são diversos e autônomos, mas precisam COOPERAR, pois ESTÃO
A SERVIÇO DA VOCAÇÃO DOS MESMOS HOMENS.
A IGREJA PODE IMITIR JUIZOS MORAIS
sobre questões da ordem política, quando o exigirem os direitos fundamentais da
pessoa ou a salvação das almas.
CAPÍTULO
V: a construção da paz e a promoção da comunidade dos povos
Para
a construção da paz são indispensáveis a vontade séria de respeitar os povos e
sua dignidade.
A
guerra é um crime contra Deus o próprio homem. Deve ser condenada com firmeza
e4 sem hesitação. Por isso, os homens devem se convencer que a corrida
armamentista não é o caminho para assegurar a paz. Pelo contrário, só faz
agravar mais ainda a guerra. A guerra lesa os pobres.
A
paz deve nascer da confiança mútua entre os povos e da imposição das armas às
nações.
No objetivo de afastar as guerras
esforcem-se as instituições internacionais e incentive-se uma MUDANÇA PROFUNDA
NA MENTALIDADE E NA OPINIÃO PUBLICA.
Construção da
Comunidade internacional: A Solidariedade humana pede:
A extirpação das causas de
desentendimentos entre os homens;
MAIOR INTENSIDADE nas ações das
instituições internacionais (acudir os sofrimentos dos refugiados, ajudar os
emigrantes e suas famílias);
COOPERAÇÃO no Campo Econômico (o
desenvolvimento de uma nação depende de ajuda humana e pecuniária);
AJUDA DOS POVOS DESENVOLVIDOS aos que
ainda não estão em vias de desenvolvimento;
PRESENÇA EFICIENTE dos cristãos no
auxílio ao povo (o espírito de pobreza e a caridade são a glória e o testemunho
da Igreja de Cristo);
PRESENÇA DA IGREJA na Comunidade
Internacional através de suas instituições públicas e da ação de seus filhos.
CONCLUSÃO
Os cristãos nada podem
desejar mais ardentemente do que prestar serviço aos homens do mundo de hoje,
sendo-lhe, como ensina o Evangelho, sal e luz. E em meio a essa realidade
global que pensem como pede a Gaudium et
Spes: Nas coisas necessárias reine a unidade; nas duvidosas, a liberdade;
em tudo, a caridade.
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